quarta-feira, junho 14, 2006

Dr. Casa?

Se pensarmos bem, a grande maioria dos médicos portugueses é muito parecida ao Dr. House. São convencidos como ele, preguiçosos como ele e antipáticos como ele. Só é pena que as semelhanças não incluam o facto dele efectivamente saber tratar das doenças e ser eficiente.

Feira do Livro

Fui finalmente à Feira do Livro de Lisboa deste ano. Alguns detalhes interessantes:
- Os stands mais cheios de gente eram os que tinham banda desenhada e, imagine-se, o da FNAC (porque no meio de tantas editoras, o sítio lógico para se estar é o stand que NÃO É de uma editora);
- Quando lá fui estava a haver uma sessão de autógrafos com a Agustina Bessa Luís - na fila para receber um autógrafo estavam 7 pessoas; na fila da barraquinha dos gelados estavam 10;
- Continua a haver um stand inteiro só daquela Enciclopédia Luso Brasileira - há mesmo gente que compre isso?;
- Estava imensa gente lá a andar pelo parque Eduardo VII pelo meio dos stands, mas a parar mesmo nos stands? - nem um terço dos que lá estavam...será que não arranjam sítio melhor para passear com os miúdos ou será que simplesmente querem fazer de conta que são cultos?;
- Faço tantas críticas e ainda assim a única coisa que comprei na Feira do Livro foi o DN de hoje!

Tens mãos livres e cara de parvo

Gosto muito de ver pessoas com aqueles auriculares de "mãos livres" para o telemóvel. Existem acessórios de dois tipos.
Primeiro há aqueles mais antiquados, com fios. Eu pelo menos nunca vi ninguém com as mãos livres quando usam esses acessórios. Se virem bem, qualquer pessoa que ande na rua com um desses, estará concerteza com uma mão a segurar na parte do fio que tem o microfone pois está convicto que não se ouve bem a sua voz, e com a outra a desembaraçar o fio. Ou seja, se antes tinha uma mão ocupada a segurar no telemóvel, agora tem duas! Estranho conceito de liberdade este...
Além destes, hoje em dia já é frequente vermos pela rua figuras como esta:


Ninguém me tira da cabeça que este aparato foi criado para os doentes mentais poderem passar por normais. Que outra desculpa haverá para vermos gente a andar pela rua a falar para o ar? Ainda para mais com aquele coiso enorme na orelha, que fica sempre muito fashion em qualquer um.

Só conheço uma unica situação em que se justifica o auricular, que é no escritório porque afinal de contas, há mesmo coisas para fazer e é preciso ter as mãos livres. Agora, porque raio é que andam na rua com isso? O telemóvel é assim tão pesado que não o conseguem aguentar com as mãos? Ah, e não me venham dizer que serve para quando se está a conduzir - dentro do carro um gajo a falar para o ar consegue ser tão ou mais ridiculo do que na rua, para não falar das vezes em que quase era atropelado por gajos que tão entretidos que estavam na conversa se esqueceram que há umas coisas chamadas passadeiras, e umas pessoas a quem chamam de peões que não é suposto eles passarem por cima...